‘Processo Arquivado’ não é uma exposição. Aqui o objetivo é interromper a percepção do design como uma simples relação produto-consumo e o processo é ressaltado como elemento primordial – a conexão entre ideias e experiências de uma pesquisa em constante evolução. Objetos misteriosos promovem a discussão da produção contemporânea para mostrar que o ‘desenho’ não é gratuito, ele surge de desejos e questões para as quais o designer nem sempre encontra uma resposta clara.

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Essa investigação caminha na contramão do mercado e critica a demanda frenética pelo inedistismo e a  noção da criação instantânea. O inacabado, o desenvolvimento, é o mote para ilustrar um pensamento, não só pelo viés do designer, mas também  da curadoria e o treino da interação entre espaço, peça e indivíduo especificamente nesse universo funcional. 

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Em seu recente manifesto ‘Beyond the New’, escrito em parceria com a designer Hella Jongerius, a educadora holandesa Louise Schouwenberg declara “Bom design implica investigação. Devemos isso ao campo para refletir sobre nossas próprias práticas, de novo e de novo, e para investigar todos os componentes, de novo e de novo. Design exige uma constante pesquisa de novas linguagens, uma batalha contra pressupostos e limites, o refinamento contínuo de respostas a questões fundamentais”.

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O título desse trabalho reflete justamente essa questão – o acúmulo de intenções, acertos e erros para a construção de um arquivo contemporâneo crítico que comunica através do contato direto com a matéria. Fazem parte dessa primeira edição Antonia Almeida e Fabio Esteves, da 80e8, e Paulo Goldstein, designers em ascensão com uma produção que refuta o lugar comum, pelo contrário, se vale de testes e resultados inusitados para propor novos métodos.

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